assista de escola de samba se interna para retirar miomas no �tero e tem bra�o amputado

Brasil

Publicada em 24/04/23 às 13:35h - 14 visualizações

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(Foto: Reprodu��o/TV Globo)

Uma passista da�Acad�micos do Grande Rio�se internou para retirar miomas no �tero e teve alta dias depois�com parte do bra�o esquerdo amputado.

�S� lembro mesmo disso, de acordar em outro hospital sem o bra�o�, disse�Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, que tamb�m � trancista.

A Secretaria Estadual de Sa�de e a Pol�cia Civil do RJ investigam o caso.

Cronologia do caso

Agosto de 2022:�Alessandra sente dores e tem sangramentos. Exames apontam�miomas no �tero�e recomendam a retirada imediata. Ela come�a a se preparar.
30 de janeiro:�Alessandra recebe uma liga��o do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em S�o Jo�o de Meriti, na Baixada Fluminense, convocando-a para a cirurgia.
3 de fevereiro:�Alessandra se interna e � operada pela manh�. � noite,�m�dicos detectam uma hemorragia.
4 de fevereiro:�o Hospital da Mulher avisa � fam�lia que ter� de fazer em Alessandra�uma histerectomia total�� a retirada completa do �tero.
5 de fevereiro:�parentes foram visitar Alessandra, mas ela estava intubada e, segundo eles,�com as pontas dos dedos esquerdo escurecidas. Bra�os e pernas estavam enfaixados. Segundo a m�e, falaram que a paciente��estava com frio�.
6 de fevereiro:�a fam�lia � avisada de que Alessandra � ainda intubada � ter� que ser transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), em Botafogo. Segundo parentes, o bra�o da passista estava praticamente preto. Um m�dico lhes diz que iria drenar o bra�o,��que j� estava come�ando a necrosar�.
10 de fevereiro:�o Iecac informa que a drenagem n�o deu certo e que �ou era a vida de Alessandra, ou era o bra�o�, porque a necrose iria se alastrar.�A fam�lia autoriza a amputa��o.�A cirurgia � feita, mas o estado da mulher se agrava, com o rim e o f�gado quase parando�e com risco de uma infec��o generalizada.

�Ela subiu com os m�dicos apavorados para salv�-la, ou n�o ia sair dali viva. Chamaram a gente no canto: �Quer�amos que voc�s olhassem a m�o dela. Ou tirava, ou ela ia morrer��, lembrou a m�e, Ana Maria.

12 de fevereiro:�Alessandra � extubada.
15 de fevereiro:�A passista recebe alta.
28 de fevereiro:�A mulher volta ao Iecac para a revis�o da cirurgia de amputa��o. Segundo a m�e, Ana Maria,�o m�dico se assusta com o estado dos pontos�e recomenda que elas voltem ao Heloneida Studart.
4 de mar�o:�ap�s ser recusada em diferentes hospitais, Alessandra � internada no Hospital Maternidade Fernando Magalh�es e transferida para o Hospital Municipal Souza Aguiar.
4 de abril:�Alessandra recebe alta.

Ajuda dos amigos

A fam�lia da Alessandra tamb�m diz que ela s� est� viva gra�as � ajuda dos amigos, que foram incans�veis.

�A gente correu muitos hospitais para tentar que ela entrasse, mas todos alegaram que ela tinha que voltar para o lugar onde ela passou pela cirurgia�, disse Lukas Matarazzo. Mas a fam�lia n�o quis retornar para o Heloneida Studart e s� conseguiu a vaga na rede municipal.

Agora, a fam�lia ainda conta com a ajuda dos amigos para arcar com todos os medicamentos e com a fisioterapia.

A fam�lia fez um boletim de ocorr�ncia na delegacia.

�J� fizemos um requerimento nos hospitais para pegar os prontu�rios. A partir desse documento, a gente vai entrar com uma a��o contra o Estado�, afirmou a advogada Bianca Kald.

Alessandra est� noiva h� 11 anos e tinha o sonho � agora imposs�vel � de engravidar. Ela tamb�m n�o sabe como vai conseguir trabalhar em sal�es de cabeleireiro sem uma das m�os.

�Eu quero que os respons�veis paguem, que o hospital se responsabilize, porque eles conseguiram acabar com a minha vida. Destru�ram meu trabalho, minha carreira, meu sonho... tudo�, declarou Alessandra.

O que dizem as autoridades

A Secretaria Estadual de Sa�de disse que vai abrir uma sindic�ncia para apurar o que aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart.

A Pol�cia Civil informou que o caso foi registrado na 64� DP (S�o Jo�o de Meriti) e que os agentes requisitaram o laudo m�dico de atendimento na unidade para fazer uma an�lise.

Caso semelhante em hospital particular

Um caso semelhante�aconteceu em outubro do ano passado. Gleice Kelly Silva deu entrada no Hospital da Mulher Interm�dica de Jacarepagu� para dar � luz e, dias depois, teve o bra�o amputado.

Gleice teve uma hemorragia depois do parto e, segundo os familiares da jovem, os m�dicos decidiram criar um acesso venoso na m�o dela para introduzir a medica��o. Mas, durante o procedimento, a jovem relata que come�ou a sentir muita dor e inc�modo.

Logo depois, a m�o foi ficando roxa e inchada. O quadro de sa�de da jovem foi se agravando, e os m�dicos decidiram transferi-la para outro hospital da mesma rede, em S�o Gon�alo, na Regi�o Metropolitana.

Tr�s dias ap�s o nascimento da beb�, ela e os familiares receberam a not�cia de que a mulher teria que amputar a m�o.

fonte :�g1

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