(Foto: redes sociais)
Uma operação nos Estados Unidos descobriu a existência de uma delegacia de polícia clandestina dentro de Nova York. Duas pessoas foram presas.
Segundo a Procuradoria dos EUA de Nova York, a estação policial ficava em Chinatown, um bairro com forte presença de imigrantes asiáticos, com restaurantes e lojas temáticos - e não tinha licença para funcionar.
Em nota, a Procuradoria disse que os homens realizavam operações policiais sem qualquer aprovação diplomática prévia para isso.
Dois homens foram presos no local acusados de conspirar a favor do governo chinês. O FBI denunciou também 34 oficiais da polícia nacional da China que, segundo as investigações, estão envolvidas no caso por "repressão transnacional".
Segundo o jornal "The New York Times", agentes do FBI chegaram a revistar o posto policial chinês no fim do ano passado.
China busca ativistas - O Departamento de Justiça dos EUA tem se esforçado para impedir que o governo chinês localize ativistas pró-democracia ou críticos do governo chinês no território americano.
O "posto avançado da polícia" da China até prestava alguns serviços básicos, como ajudar os cidadãos chineses a renovar suas carteiras de motorista chinesas, mas também tinha uma função mais “sinistra”, incluindo ajudar o governo chinês a localizar um ativista pró-democracia de ascendência chinesa que vive na Califórnia.
EUA x China - A descoberta do posto policial clandestino chega em um dos momentos de maior tensão entre Estados Unidos e China dos últimos anos.
No início deste ano, um balão chinês foi visto sobrevoando a Costa Oeste dos EUA. Washington afirmou se tratar de um equipamento de espionagem. Pequim negou inicialmente, mas não voltou a falar do assunto.
O balão, que tinha o tamanho de três ônibus, foi derrubado pelas Forças Armadas dos EUA dias depois, e o Pentágono afirmou ter achado sistemas de vigilância dentro dele. A suspeita é a de que eles tentavam recolher informações de bases militares norte-americanas.
No mês seguinte, em março, o presidente chinês, Xi Jinping, foi à Rússia e se reuniu com o presidente do país, Vladimir Putin, em Moscou, em uma demonstração de alinhamento. Especialistas apontam que Pequim deve ganhar mais protagonismo na guerra da Ucrânia este ano, ao lado da Rússia.
g1